Equipe de tecnologia tem visão distorcida do uso corporativo de aplicações pessoais: apenas 56% dizem ser procurados antes de os empregados escolher um app.
Apesar de não ter sido realizada no Brasil, o estudo realizado pela Edge Strategies a pedido da LogMeIn traz importantes insights sobre a tendência do “traga sua própria aplicação” (BYOA, em inglês) – e sinais de que a equipe de TI não está muito preocupada com a tendência. Aproximadamente 70% das empresas pesquisadas nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia, reconhecem que funcionários usam aplicativos pessoais no trabalho por conta própria.
Os funcionários da TI estimam que são em média 2,8 apps por organização. Porém, dados subsequentes coletados em companhias de porte similar por intermédio de tecnologia de descoberta de app, mostraram que o número médio de BYOA fica perto de 21 por empresa. Ou seja, um escalonamento 7 vezes maior.
Para empresas menores, com número de funcionários entre 11 e 100, a presença de BYOA foi ainda mais forte: relatos de 81% de uso ativo de apps introduzidos pelos empregados. Além disso, 42% dos entrevistados esperam que o BYOA cresça significantemente nos próximos cinco anos. Geralmente, é o gerente de negócio que lidera a introdução do app (67%).
Chama atenção que talvez nem todos os aplicativos usados por conta própria são necessários. Mais de 64% de aplicativos introduzidos por funcionários são utilizados no lugar de aplicativos já existentes na empresa, para as mesmas necessidades. E a TI não é consultada: apenas 56% afirmaram que eram procurados antes de os empregados escolher um app. Empregados tiveram uma resposta bem diferente, com apenas 45% dizendo que consultaram ou informaram antes de usar aplicativos no serviço.
Categorias e Gestão
Entre alguns usos, os aplicativos consumerizados se sobrepõem às soluções corporativas e são aprovados pela TI e adotados na empresa. É o caso de colaboração (59%), produtividade (55%) e sincronização (41%). Mesmo depois da aprovação dos aplicativos introduzidos por empregados, só uma pequena porcentagem são gerenciadas de forma centralizada, prevalecendo versões gratuitas.
Apenas 38% das empresas definiram políticas de BYOA e meros 20% dos profissionais de TI se sentem bem preparados e têm políticas e tecnologia definidas para mitigar a maioria, se não todos, os riscos de segurança associados à tendência.
E você, CIO, sabe quais os apps seus usuários corporativos usam?